TSE inicia julgamento que ameaça mandato de Castro


Por Redação

04/11/2025  às  20:43:57 | | views 237



Ministério Público Eleitoral acusa o chefe do Executivo fluminense de abuso de poder político e econômico na campanha de 2022


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou nesta terça-feira (4) o julgamento do recurso apresentado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) que pede a cassação do mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), por suposto abuso de poder político e econômico durante a campanha à reeleição, em 2022.

 

A Procuradoria Eleitoral busca reverter a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), que, em maio de 2023, absolveu Castro e outros acusados no caso das supostas contratações irregulares na Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

 

Além do governador, o processo envolve o ex-vice-governador Thiago Pampolha, o ex-presidente da Ceperj, Gabriel Rodrigues Lopes, e o deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil), ex-secretário de Governo.

 

Acusações

De acordo com o MPE, Castro teria obtido vantagem eleitoral indevida por meio da contratação de 27.665 pessoas sem respaldo legal, em programas vinculados à Ceperj e à Uerj. Os gastos somariam R$ 248 milhões, valor cerca de 30 vezes superior ao teto de gastos de campanha, que era de R$ 17 milhões em 2022.

 

A acusação sustenta ainda que os pagamentos eram feitos em espécie, na boca do caixa, sem controle formal, e que parte dos recursos teria sido usada para aliciar eleitores.

 

“O modo de remuneração em espécie, sem qualquer fiscalização, e a inexistência de plano de trabalho indicam desvio de finalidade na forma de admissão dos servidores”, argumentou o MPE no processo.

 

Defesa

Durante a tramitação do recurso, Cláudio Castro afirmou confiar na Justiça Eleitoral, destacando que o TRE-RJ rejeitou a denúncia por “inconsistência e falta de provas”.

 

O caso está sob relatoria da ministra Isabel Galotti no TSE. O julgamento foi iniciado com a leitura do relatório e deve prosseguir nas próximas sessões.



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