Ibama multa 242 pessoas por incêndios criminosos em 2024


Por Redação

09/05/2025  às  07:30:06 | | views 2510


© Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil

Ano passado registrou recorde de queimadas no país, com mais de 30 milhões de hectares devastados


O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou 242 pessoas por envolvimento em incêndios florestais criminosos registrados ao longo de 2024. As autuações, que incluem multas e outras sanções administrativas, somam mais de R$ 460 milhões, segundo informou o diretor de Proteção Ambiental do órgão, Jair Schmitt, na quinta-feira (8).

 

“Essas ações estão ligadas a grandes incêndios de origem criminosa. Outros casos ainda estão sendo analisados”, afirmou Schmitt, durante coletiva de imprensa sobre os dados atualizados de desmatamento e queimadas nos primeiros meses de 2025.

 

Segundo o diretor, o Ibama intensificou a vigilância preventiva em áreas com maior risco de incêndios, utilizando notificações eletrônicas e por edital para alertar os proprietários sobre a necessidade de adoção de medidas de prevenção. A presença de equipes de fiscalização também foi ampliada nas regiões mais críticas.

 

Recorde de queimadas e seca extrema

De acordo com o levantamento do MapBiomas, os incêndios florestais de 2023 devastaram uma área superior a 30 milhões de hectares — um aumento de 79% em relação ao ano anterior. A extensão queimada é comparável ao território da Itália. O cenário foi agravado por uma seca severa, especialmente na Região Norte.

 

“Foram dois anos consecutivos de seca intensa na Amazônia, causada por mudanças climáticas, El Niño e o aquecimento do Atlântico Norte. Isso tornou a floresta mais vulnerável e os incêndios ganharam proporções muito maiores”, explicou o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, André Lima.

 

Queda nos focos de calor em 2025

Apesar do histórico preocupante, os primeiros meses de 2025 apontam para uma melhora no cenário. Entre janeiro e abril, os focos de calor na Amazônia caíram até 70%, enquanto no Pantanal a redução ultrapassou 90%, segundo dados do governo.

 

No entanto, o avanço recente do desmatamento em abril acendeu um sinal de alerta. Houve aumento dos focos tanto na Amazônia quanto no Cerrado, o que pode comprometer a tendência de queda observada até então.



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