Fraudes online consomem até 2% da receita de e-commerces na América Latina, aponta estudo


Por Redação

27/06/2025  às  11:21:48 | | views 940


@Negative Space/pexels

Relatório indica crescimento de golpes digitais e revela que prevenção eficaz pode impactar diretamente a rentabilidade das operações


Um estudo divulgado nesta semana pela fintech Koin em parceria com a consultoria GMattos aponta que as perdas com fraudes online podem consumir até 1,9% da receita bruta de lojas virtuais na América Latina. O levantamento, intitulado “O Impacto da Fraude Online na América Latina”, alerta que o prejuízo financeiro — somando custos diretos com chargebacks e investimentos em prevenção — afeta de forma significativa a lucratividade do setor.

 

Segundo os dados, em operações com margens reduzidas, cortar esse custo pela metade pode representar um aumento de mais de 30% no resultado operacional (EBITDA). Já a melhoria de 5 pontos percentuais na taxa de conversão em vendas pode elevar o EBITDA em até 50%.

 

Criminosos atuam de forma estruturada

Um dos aspectos inéditos do levantamento é a análise da fraude sob o ponto de vista do fraudador. De acordo com o relatório, as ações criminosas se organizam em cadeias operacionais, que incluem a “mineração” de dados e cartões, uso em compras fraudulentas e posterior revenda dos produtos — muitas vezes com deságio de até 50%.

 

No caso do Pix, a liquidez imediata e o baixo custo operacional tornam a ferramenta especialmente visada. A taxa de fraudes nesse meio dobrou entre 2023 e 2024, passando de 1,7% para 3,2% entre as chaves cadastradas.

 

Vulnerabilidades e crescimento regional

Apesar do crescimento acelerado do comércio digital na América Latina, a região segue vulnerável: apresenta a maior taxa de chargeback do mundo, acima de 3%, segundo o estudo. O Brasil lidera o e-commerce na região, com 55% do total das transações, seguido por México (17%) e Colômbia (9%).

 

Enquanto o varejo físico mantém uma taxa de conversão superior a 95%, o comércio eletrônico latino-americano apresenta média de 70%. Essa diferença é atribuída, em parte, ao impacto de sistemas antifraude mal calibrados, que podem barrar transações legítimas, além de falhas operacionais.

 

Soluções com inteligência artificial

O estudo destaca ainda a importância de soluções antifraude baseadas em inteligência artificial e machine learning para enfrentar os desafios crescentes. A personalização de sistemas, a validação de dados invisível ao usuário e a autenticação sob demanda são apontadas como estratégias eficazes para melhorar a performance de vendas sem comprometer a segurança.



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