Vendas nos supermercados reduzem de janeiro a abril de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado


Por Redação

21/06/2021  às  10:34:48 | | views 7885


@freepik/divulgação

Queda é consequência do atípico comportamento nas vendas provocado pela Pandemia em 2020; expectativa do setor é de desempenho positivo e sustentável para 2021


O Faturamento real dos supermercados no estado de São Paulo (dessazonalizado pelo IPCA/IBGE) no conceito de mesmas lojas - comparando o desempenho de janeiro a abril de 2021 em relação a janeiro abril de 2020 - o faturamento real pelo IPCA apresentou queda de 0,40%, e na comparação de abril de 2021 com abril de 2020 a queda é de 6,83%. A base de comparação entre os meses de abril de 2021 e abril de 2020 tem um fator importante a ser considerado, que é a elevada base de comparação, diante do período em que o setor supermercadista foi muito exigido por parte da população que temia um desabastecimento e correu para as lojas com intuito de estocar itens de primeira necessidade.

 

Já na análise do Faturamento Real dos supermercados no Estado de São Paulo dessazonalizado e deflacionado pelo IPS/FIPE/APAS no conceito de mesmas lojas - o resultado acumulado no primeiro quadrimestre de 2021 apresenta queda de (8,90%), o resultado é influenciado pelas fortes distorções de demanda ocasionado pelo início do confinamento que levou o consumidor a estocar produtos pelas incertezas da circunstância. Outro forte indicativo desse movimento de estocagem, pode ser observado se compararmos abril de 2021 a abril 2020 que expressa significativa queda real de (13,06%). Isolando o movimento atípico provocado pela a pandemia em 2020, a expectativa das vendas em abril de 2021 em relação a março desse ano, eram mais promissoras devido o pagamento da primeira parcela do auxílio emergencial, entretanto como a 1º parcela só foi paga em 29/04 o resultado não foi percebido no fechamento de abril que apresentou desempenho (5,13%) inferior do que de março de 2021.

 

As vendas ao longo de 2021 apresentam desaceleração expressiva quando comparado a 2020, diante de uma inflação mais elevada e persistente que afetou o poder de compra da população, reduzindo o volume de compra das famílias nos supermercados. O desemprego atinge 14,7 % da população brasileira e registra o maior índice desde início da série histórica, quando o IBGE começou a registrar em 2012. Assim a desaceleração em alguns setores da economia, aliado a um processo de redução da renda disponível que é corroída pela inflação refletindo na queda do consumo.

 

Contudo, vale destacar que o setor supermercadista vem criando condições para enfrentar esse cenário macroeconômico adverso e continua apresentando um desempenho mais promissor quando comparado a outras atividades econômicas. A tendência é de que os próximos meses conduzam o setor para um campo de oportunidades de melhora na eficiência atrelada a produtividade para que os resultados sejam mais favoráveis ao longo do ano. E assim, a expectativa é que o cenário econômico que se desdobrará nos próximos meses reverta este cenário apresentado nos 4 primeiros meses do ano, e o setor deve fechar o ano com alta real de 4% em relação a 2020.



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