Após 21 dias, SP ocupação de leitos de UTI estão abaixo de 90%


Por Redação

07/04/2021  às  15:39:46 | | views 7873


© Rogério Cassimiro/ MTUR

Há, no momento, 12.941 pessoas internadas em leitos de UTI


A taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) para tratamento da covid-19 voltou nesta quarta-feira (7) a ficar abaixo dos 90% no estado de São Paulo. Atualmente, ela está em 89,8%, a taxa mais baixa registrada nos últimos 21 dias, segundo informou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn. Na terça-feira (6), essa taxa estava em 90,7%.

 

Apesar dessa pequena redução, as autoridades da saúde avaliam que o número ainda é alto e está em patamar elevado e não significa controle sobre a pandemia. Há, no momento, 12.941 pessoas internadas em leitos de UTI e 16.171 em enfermaria. 

 

A redução na taxa de ocupação pode significar que as restrições anunciadas pelo governo no início deste mês estão começando a surtir efeito em todo o estado.

 

“Apesar de tudo que nós temos visto, estamos colhendo frutos daquilo que foi feito na fase vermelha, na fase emergencial, e temos hoje 89,8% [de taxa de ocupação], depois de 21 dias em que estávamos com taxas de ocupação superiores a 90%,”, disse Gorinchteyn. 

 

“Lembrando que, na semana passada, ainda tínhamos taxa de ocupação extremamente elevada, beirando 92,5%. Os internados também têm um simbolismo importante. Hoje, temos 12.941, mas tínhamos mais de 13,5 mil pessoas internadas na semana passada, mostrando claramente a redução no número daqueles que internam. Lembrando que o dado de internação mostra o momento atual da pandemia”, ressaltou o secretário.

 

Desde o dia 6 de março, todo o estado de São Paulo está na Fase 1-Vermelha do Plano São Paulo, onde somente serviços considerados essenciais podem funcionar. Mas como a taxa de isolamento não estava crescendo a níveis considerados satisfatórios, o governo decidiu endurecer ainda mais as restrições. 

 

Desde o dia 15 de março entrou em funcionamento em todo o estado a fase emergencial, com medidas ainda mais restritivas. As aulas da rede pública foram suspensas, jogos de futebol paralisados e cultos e celebrações religiosas coletivas foram proibidos. Foi estabelecido ainda um toque de recolher das 20h às 5h. A medida, que pretende reduzir a circulação do vírus e evitar uma sobrecarga nos hospitais, fica em vigor até o dia 11 de abril.

 

Internações

Na semana passada, que corresponde à 13ª Semana Epidemiológica (entre os dias 28 de março e 3 de abril), o estado apresentou média móvel de 15.672 novos casos da covid-19 por dia, uma queda de 2,4% em relação à semana anterior, que havia sido a mais alta da pandemia, com o registro de 16.062 novos casos por dia. Foi a primeira vez, desde fevereiro, que o estado apresentou queda no número de novos casos.

 

Também foi registrada queda de 5,4% no número de internações. Na 13ª Semana Epidemiológica foi registrada média móvel de 3,2 mil internações por dia, contra 3.381 registradas na semana anterior, que também havia sido a mais alta desde o início da pandemia.

 

Já os óbitos, registro que demora mais a cair, teve um aumento de 15,5% na semana passada, com média móvel de 715 mortes por dia, maior registro já observado desde o início da pandemia.

 

Segundo o secretário de Saúde, essa queda no número de internações vem sendo observada também nos registros desta semana. Entre domingo (4) e hoje, a redução de internações já é de 21,9% em comparação ao mesmo período da semana passada.

 

Como esses números ainda estão altos, o governo paulista estuda manter as restrições no estado. O anúncio, no entanto, só deve ser feito na próxima sexta-feira (9). 

 

“O Centro de Contingência está discutindo a situação. Felizmente conseguimos uma desaceleração. Já há indicadores de melhora, pequena, mas é uma melhora que deve prosseguir nas próximas semanas. E estamos discutindo a necessidade de ampliação da fase emergencial ou não. Isso será feito até sexta-feira. É bem provável que continuemos com os níveis de restrição que temos hoje por mais algum tempo”, disse Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo. (Com Agência Brasil)



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