Rejeitado plebiscito para criação de base militar estrangeira


Por Redação

28/08/2019  às  11:46:05 | Atualizado em 28/08/2019 - 11:52:09 | views 7873



Eduardo Bolsonaro entende que salvaguardas existentes já são suficientes para garantir que tropas estrangeiras não poderão se instalar definitivamente


A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional rejeitou, no dia 27 de agosto, o projeto do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) que determina que a criação de bases militares estrangeiras em território nacional somente poderá ocorrer após plebiscito. A rejeição foi recomendada pelo relator da proposta, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que preside o colegiado.

 

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 466/17 altera a Lei Complementar 90/97, que determina as situações em que forças estrangeiras podem transitar ou se instalar provisoriamente no País.

 

A lei prevê uma série de condições para que tropas estrangeiras transitem no território brasileiro. Entre elas, a exigência de que o tempo de permanência e o trecho a ser percorrido sejam previamente fixados. Para Bolsonaro, o dispositivo deixa implícito que o estabelecimento permanente de uma base militar estrangeira no Brasil é proibido.

 

Além dessa exigência, a lei determina a manifestação prévia do Congresso Nacional, a não ser em missões militares técnicas ou de ajuda humanitária, e a necessidade de o visitante manter relações diplomáticas com o Brasil. Para Bolsonaro, estas salvaguardas já são suficientes para garantir que tropas estrangeiras não poderão se instalar definitivamente no País.

 

“Não vemos motivo para envolver toda a população brasileira numa decisão tão pontual como essa, que já é cercada de tantos cuidados previstos na legislação”, disse. Ele afirmou ainda que a realização de plebiscitos é demorada e representa um custo ao erário.

 

Apesar da rejeição, a proposta continuará tramitando na Casa. A próxima etapa será a análise pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. A votação final ocorrerá no Plenário da Câmara. (Com informações da Agência Câmara)



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