Bombeiros esperam controlar incêndio da Califórnia até dia 30


Por Agência EFE/San Francisco

20/11/2018  às  08:28:13 | Atualizado em 20/11/2018 - 08:46:30 | views 7875


Eric Thayer/Reuters

Além dos 79 mortos, 699 pessoas continuam desaparecidas, mais de 15 mil edifícios foram destruídos e 61.100 hectares foram arrasados


Os bombeiros que há mais de uma semana lutam contra as chamas no gigantesco incêndio que atinge o norte da Califórnia, nos Estados Unidos, e que já matou pelo menos 79 pessoas, afirmaram ontem (19) que esperam ter o fogo completamente controlado no final deste mês.

 

O Departamento Florestal e de Proteção contra Incêndios do estado, o Calfire, fixou como "data antecipada de contenção total" o dia 30 de novembro, o que, caso seja cumprida, seria mais de três semanas depois do início do incêndio, batizado como "Camp Fire" no último dia 8.

 

Além dos 79 mortos, 699 pessoas continuam desaparecidas, mais de 15 mil edifícios foram destruídos e 61.100 hectares foram arrasados, enquanto as chamas foram contidas em 70%, segundo os últimos dados divulgados pelas autoridades.

 

As condições meteorológicas adversas esperadas para as últimas horas, com fortes ventos que dificultariam os trabalhos de combate ao fogo, foram mais fracas que o previsto, o que permitiu aos bombeiros manter as ações.

 

Segundo os prognósticos do Serviço Nacional de Meteorologia, nesta quarta-feira (21) chegarão as primeiras chuvas à região do condado de Butte, afetada pelo incêndio, que se encontra extremamente seca e onde não chove há meses.

 

Os meteorologistas estão praticamente seguros de que nesse dia haverá precipitações, embora não em quantidade suficiente para que haja risco de deslizamentos de terra na área atingida pelo fogo.

 

As autoridades manifestaram, no entanto, o temor de que, apesar de a água poder ajudar nas tarefas de contenção, deixe grande quantidade de lama na área queimada e dificulte a recuperação de corpos.

 

Além disso, as precipitações e o barro poderiam apresentar riscos para milhares de pessoas retiradas da região, que estão vivendo em barracas de campanha, em refúgios temporários.

 

A chuva aliviaria, em grande parte, a situação do resto do estado, que há dias se encontra em alerta vermelho pela má qualidade do ar, já que a fumaça se desloca centenas de quilômetros até alcançar áreas muito povoadas como Sacramento, a capital do estado, e a baía de San Francisco.

 

A causa do fogo ainda é desconhecida, e as autoridades mantêm aberta uma investigação. A companhia elétrica Pacific Gas & Electric (PG&E) revelou ter detectado até dois problemas em uma linha de alta tensão do local, no mesmo dia em que começou o incêndio.

 

Se for considerada causadora do incêndio, a empresa poderia ter de abonar compensações multimilionárias que a fariam decretar falência.

 

A possibilidade desse cenário fez com que as ações da companhia desabassem na semana passada, na Bolsa de Nova York, o que levou o público a sugerir um resgate da companhia, para aliviar os temores dos investidores.

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visitou no último fim de semana as áreas queimadas e mostrou um tom conciliador, diante das palavras agressivas que direcionou, há uma semana, às autoridades da Califórnia por sua gestão do incêndio.

 

Trump percorreu parte da área queimada pelo Camp Fire, junto com o governador do estado, o democrata Jerry Brown; o seu futuro sucessor, o também progressista Gavin Newsom; e a prefeita de Paradise, uma cidade de 26 mil habitantes que foi completamente atingida pelas chamas, Jody Jones.

 

"Ninguém pensou que isso poderia acontecer. Temos que fazer trabalhos de manutenção. Trabalharemos com grupos ambientais. Acredito que avançamos todos no mesmo sentido", declarou o presidente à imprensa.

 

Trump se dirigiu depois ao sul da Califórnia, onde está ativo outro grande incêndio perto de Los Angeles que provocou três mortes, embora os bombeiros o tenham controlado quase totalmente. (Com Agência Brasil)



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